Acabei de visitar o blog da minha neurocientista favorita e claro que fiquei encantada com a sua simplicidade, assim como com a sua coragem quando declarou ser atéia; quando explicitou seus sentimentos em relação a essa enorme confusão que se cria em torno da fé que é confundida com religião e mais ainda com o surgimento do mundo em um processo evolutivo que não tem como contabilizar em tempo cronológico. Coisas simples, porém de uma repercusão complicada porque exatamente existem zilhões de pessoas que vivem aconchegadas em crenças pouco consistentes, usufruindo do conforto e da preguiça da não reflexão, deixando o seu cérebro esquecido dentro da caixa craniana, cumprindo apenas suas funções de produzir substâncias que as mantém em pé, que as faz caminhar, estudar para passar em concursos, ler jornais de informação duvidosa, vivendo um cotidiano no piloto automático, anestesiados ou narcotizados ou até mesmo empobrecidos de susbstâncias que poderiam despertar sua curiosidade e interesse em relação aos alcances da ciência para ganhar não apenas informação, mas autonomia inclusive para escolher nossas crenças pela convicção e não pelo temor.
A neurociencia, a física quântica ao alcance de todos dá uma felicidade enorme. Nos devolve tempo em qualidade, confiança e segurança mesmo nos momentos mais difíceis, quando costumamos recorrer à existência de um deus, onde atribuimos a ele todos os acontecimentos que não sabemos administrar nem psicológicamente, nem materialmente transformando em ação ou em paralisia. Tanto um quanto o outro é escolha nossa. A maldita culpa... Temos culpa se ficamos sem fazer nada, temos culpa se somos autênticos, temos culpa se somos diferentes dos outros ainda que reconheçamos que somos indivíduos e que somos nós que escolhemos a que vamos nos destinar enquanto estamos por aqui. Assim sendo, é muito mais simples viver nessa anistia confortável.
Mas considero esse momento na eternidade, com toda convicção, o melhor de todos para existir. Sei que o Universo, a Terra, já assistiu a civilizações evoluídas, maravilhosas em conhecimento, alcance... mas em acesso a tudo que se tem curiosidade... hoje é sem dúvida um tempo de grande enriquecimento de informação. Os estudos sobre o nosso cérebro faz da vida algo muito interessante e prazeroso, ainda que tenhamos que de certa forma ficar receiosos com a compreensão e aceitação por conta da coexistência dos tempos, universos paralelos e tempos evolutivos diversos, ou seja, "com-viver" com os que acreditam em papai noel, em coelhinho da pascoa, em santos, como entidades... umas extra-física outras fabricadas pelas indústrias que ganham muito dinheiro ornamentando o mundo com suas ilusões. Toda luz que encontramos em conhecimento, descoberta, alcance é fruto de buscas, profundas buscas... investigações que fazem eco dentro de nós, reconhecendo sua verdade momentânea, transformada em alegria e felicidade patrocinada pelo nosso cérebro - a mais perfeita usina. Poderoso, maravilhoso... se bem cuidado, se bem aproveitado, se bem conduzido por interesses de construir um Homem melhor para ter um mundo melhor.
Quando precisamos viver provando nossas crenças sejam elas quais forem, perdemos tempo por demais da conta.
Ser livre é não ter que provar nada para ninguém.
E assumir toda responsabilidade pelo que fazemos, pensamos, alcançamos e escolhemos.
O mundo se oferece para quem nele deposita confiança e fé!!!
E esse é o maior medo do Homem.
A cognição é o nosso inferno, mas também o nosso céu se nos reconhecermos eternos, perenes e ao mesmo tempo e o tempo todo renováveis, renovados... perecíveis.
Aproveitar a vida é o que devemos fazer... ouvir todas as vozes e calar diante do outro, respeitando a verdade de cada um.
Porque não sabemos com quem estamos falando... se com um Homem do passado, do presente ou do futuro!!!
Pensem nisso...
Fiquem bem,
cuidem-se bem!!!
Beijo Suzana Herculano-Houzel!!!
Obrigada pela Luz...
Livia Leão
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