Não tem saída os dias não são iguais, tudo vai passeando pelos mais diversos sentimentos e emocionalidades. Precisamos cuidar do que nos atravessa a mente em continuo...
Estar atenta a esse trânsito é muito importante porque nele nos abuletamos e criamos raiz como uma velha árvore que finge não estar em movimento...
Não por acaso estive dias em estado depressivo e em pânico de morte. E esses sentimentos são muito espertos porque se apoderam de nós pegando carona na nossa fragilidade e des-cuidado... um minuto de distração nos conduz a estados complicados de apoderamento, ... somos submetidos a sensações que traduzem instantes preciosos de nossa jornada em um caminho sem luz e sem vontade.
O que se faz? Quanto de "vontade" temos poupado ao longo de nossa vida? Enfim ... me deixei um pouco de lado mentalmente e fiquei na vigilia de mim mesma prestando atenção no que estou querendo chamar atenção. A quem quero comover, do que estou fugindo, que armadilha foi essa que inventei pra me des-culpar pra não fazer pra ficar ali aqui quieta sem promover nenhum acontecimento e achando que estou com isso movimentando organismos e substâncias em experimentos humilhantes e pobres.
E aí é que a porca torce o rabo, porque nasci com muitos planetas em leão e em virgem a dignidade é uma coisa que me move mesmo. Quando penso que posso me ver como alguém "coitadinho" alguma "coitadinha" me levanto ainda que sem norte.
Ainda estou sem norte, ainda estou sem vontade de tomar banho comer e fazer qualquer coisa mas me livrei da culpa e da cobrança, ... reduzi meus afazeres e liguei um pouco o foda-se!!! Achei graça de algumas coisas e chorei por muitas outras. Me entreguei ao deprimente estado de encolher-me para caber no cubículo que fabriquei para me alojar.
A mente que é o nosso maior desafio estava muito enlouquecida e captando todo lixo que por mim passava. Os pensamentos obsediadores as lembranças sem cabimento em uma orquestração funesta de tudo que é raça de coisa ruim assim classificada por mim. Porque vinham os sentimentos ruins aos montes. Porque causavam no meu corpo as mais doloridas emoções e como um escorpião eu me fascinava pelo sofrimento que assistia meu corpo biológico e emocional experimentando!!! Doido muito doido!!!
Bem, tudo isso tem um tempo que é produzente que traduz observações e avaliações, o mais é masoquismo. Aí me levantei capengando para oferecer a mim as delicadezas de que sou capaz os carinhos que mereço.
Conclusões muito boas e duras de que a solidão é tudo que temos. Que a presença de todas as ausências é o que nos propicia muito aprendizado, ... e caminhando pelo mundo passei a olhar como as outras pessoas se portam enquanto caminham no mercado no banco no ônibus. Des-atentas distraidas e sós... como se estivessem sós. Só se relacionam com quem precisam trocar qualquer coisa, ... E não achei isso ruim.
Agora existe um aparelho que nos distrai mais ainda e que de maneira gritante denota o nosso isolamento e desejo de estar só, conectada com quem e o que estamos interessados...
E aí, vi em mim essa carência e essa triste condição de quem precisa de atenção, de contato, ... e nada disso é possível sem que haja uma segunda pessoa.
A carência é o abismo perigoso que nos separa dos outros que nos sequestra e nos mata sem dó nem piedade porque nos esquizofrenisa por
virarmos mendigos!!! Socorroooo ...
E os conselheiros??? Aí sim, aparecem muitos conselheiros. Inábeis por não saberem de si mesmo, mas dispostos a fazer toda sorte de transferência para você, ... tô foraaaaaa!!!
Me fechei de novo para não me vulnerabilizar e acabar me abastecendo de tudo que não preciso e acumulando lixo dos outros em meio ao meu processo de limpeza consciênte e ambientalização do que se refere a mim comigo mesma.
Perfeito estado de ira animalidade alegria e tranquilidade em trocas permanentes...
Conversas sem fim, diálogos comigo mesma em noites sem dormir. Suores frios choros processos ricos demais!!! Que eu não podia desperdiçar sem entender. E assim fiz.
Passou??? Não passou, mas estou em direção norteada pelo meu sentimento profundo de amor próprio e de separação de tudo. Entendo o que é meu o que é do outro o que é da espiritualidade o que é parte do meu crescimento e maturação do meu cérebro carente de oportunidade de regeneração sem reposição de fora pra dentro.
Sem muletas, sem bengala aprendendo a andar em caminhadas lindas pelos bosques jardins cachoeiras e pomares que aprendi a construir enquanto atravesso o umbral da minha existência... Vale a Vida, vale viver!!! Eu recomendo ... peça licença aos que ama mentalmente espiritualmente para reconhecer-se diante da sua conquista de liberdade e amor incondicional...
Fiquem bem
cuidem-se bem!!!
Livia Leão
Comentários
Postar um comentário