É que a morte é avassaladora. Carrega consigo um corpo físico, material e deixa em nós o nunca mais...
O nunca mais uma possibilidade até onde a gente como humano vaidoso considera.Existem diversos consolos pensados pelo Homem para explicar em vão esse momento, esse trânsito radical, esse corte sem licença...
Ainda que preparados pela espiritualidade perdemos o chão porque justamente não sabemos viver...
Nem juntos e nem separados!!!
Deixa em nós a missão dura de matar qualquer sentimentalidade, porque precisamos continuar em dias de sucumbir os passeios mentais, em cuidar das coisas que permanecem numa ciranda enfadonha ainda que seja neste momento...
Cansa demais essa falta de identificação
esse nada vazio!!!
Sei que somos unissono com o Universo mas somos individualizados ao nascermos na tridimensão. Penso na morte desde que nasci e tenho com ela uma relação intima, mas a experiência dela na carne das pessoas que se ama é diferente pra caramba!!! Transcende a dor, a lógica, a compreensão, ... visita-se a todo momento os "por ques" sem resposta. Vivemos em muitas dimensões e elas são parte da eternidade, quem sabe até são a eternidade onde armazenamos as nossas existências e memórias. Mas essa é do espírito e sem acesso consciente pela nossa limitação em conhecimento e fé... porque vamos matando dentro de nós capacidades de alcance motivada pelo medo, pela vaidade, pela coisificação que nos personaliza.
Os conflitos que vivenciamos dia a dia nos conduzem a uma Vida pequena em existências lentas em crescimento. Nos limitamos em conveniências e atividades cerebrais que são piloto automático. Sistema nervoso simpático e parassimpático.
Porque crescer é trabalho, dá trabalho, requer uma abertura consciencial que nos exige sinceridade e verdade... e a fragilização do corpo físico, material, enobrecendo os veículos intelectual, emocional, energético e espiritual que se expande em unissono com o Todo.
Entendo todo o acontecimento, o ritual do bardo thodol; sei que as coisas dessa dimensão traduzem vícios e condicionamentos que alimentamos pela cobrança indevida de carmas (ações) praticadas aqui e agora...
Livia Leão
Comentários
Postar um comentário