A vida por aqui é uma passagem rápida e lenta. Uma mistura complicada de entender tempo/espaço e viagem cerebral que passeia pela eternidade e rompe todos os conceitos que nós Homens possamos inventar.
As nossas observações e a nossa concepção de realidade são falhas porque tudo acontece ao mesmo tempo em um tempo que mesmo contabilizado marcado em datas os números se perdem na memória afetiva e nas nossas emoções mais profundas arquivadas em desordem de prioridades.
Não sabemos o quanto gostamos de alguém até que ele morra, não sabemos o quanto podemos valorizar alguém até que ele vá embora de alguma forma... podemos com essa estúpida experiência começar a qualificar as nossas relações, as pessoas com as quais conseguimos engrenar um relacionamento e olhar com melhores olhos quem está do nosso lado.
A idade e o tempo vão nos fortalecendo e fragilizando. Perdemos alguns melindres e esquecemos de alguma forma o orgulho besta que alimentamos enquanto estamos jovens.
Enquanto estamos jovens não pensamos em nossa finitude, não prestamos atenção no tempo e na energia que temos para construir principalmente relacionamentos bacanas. Valorizar todo momento bom e deixar de ter razão,... opiniões que não podem ser maculadas voltadas atrás diante das situações que são tidas e lidadas como se houvesse uma competição.
"Gênio forte" "personalidade forte" ... tudo bobeira!!! ... podemos ceder sem desgastarmos o que é mais importante, podemos pensar e concluir que nada vale uma briga que não construirá.
Eu na verdade sempre fui uma praticante desse modo-vida!!! Quando alguma coisa começava a ficar insuportável me retiro saio do circuito e me recolho até que as coisas melhorem. Se a pessoa me for cara então me distancio para observar o seu tamanho a sua empáfia o seu personagem cheio de razão em um respeito que se fosse atingido seria mortal.
Pra não deixar de amar a pessoa vale a gente criar um distanciamento. Escolher o melhor dos outros é sempre uma forma bacana de conviver de ter a pessoa por perto se a gente não tá afim de ir embora.
Por conta disso sempre fui interpretada de maneira errada, mas isso não me afetava ou afeta. Assim me sinto bem e assim posso continuar transitando pelo mesmo espaço que todos sem ferimentos desnecessários.
E se a pessoa não me diz mais respeito saio e não volto, ... evito sem precisar fugir ou justificar minha ausência. Por que não?
A morte é um processo de educação da nossa afetividade ela nos coloca numa posição desconfortável e cheia de enigmas. Ela faz a gente inventar lugares encontros criados para nos aliviar. Porque a porra do nunca mais é fodaaaa!!! ... precisamos conversar com quem deixamos o corpo pra trás, ... sentimos que fomos negligentes na convivência, que deixamos de dizer que amamos, que deixamos de fazer carinho, que criamos animozidades baseadas em nossa prepotência.
Então criamos zilhões de recursos e saídas para nos consolarmos. Modo feio de não encarar o fim!!! encerrar qualquer coisa com esse final é pra nós humanos apegados desencontrados qualquer coisa que nos induz a imaginar coisas para minimizar nossa dor e a nossa incompetência afetiva!!!
Só sabemos "amar" aprisionando escravisando, ... e criamos assim o inferno em chamas baseado na nossa neurótica maneira de nos relacionarmos com qualquer pessoa ou coisa.
Se for um cachorro compramos logo um coleira, se for uma gato fechamos toda e qualquer possibilidade dele passear pelo mundo, se for um namorado amante marido arrumamos certidões e códigos de posse para que ande pelas ruas proibido de olhar para os lados dentro de uma caixinha mal cuidada e sem conforto...
Triste, muito triste!!! ...
Inventamos carmas sempre pesados, ... nos descapitalizamos de prazer e de liberdade de ir e voltar quando a gente sentir vontade saudade e desejo de experimentar qualquer coisa, ... tratamos de nos des-sintonizar, nos des-alinharmos totalmente com aquela pessoa porque sabemos que pelo contrato de compra ele tem de voltar pro endereço "certo"... (uiii, socorroooo)
E aí volto sempre para o mesmo ponto aquele lugar aonde se consiga fomentar o amor como um sentimento construtivo. Nele cabem todas as coisas valiosas e valorozas. Nele cabe silêncio distância pensamentos bons. Nele podemos esbarrar na cozinha apertada sem nos ofender, ... podemos morrer todos os dias na certeza de sermos ressucitados(as) se houver um dia seguinte.
Esses conceitos todos são de aprendizado e é uma bagagem que nos fornece uma coisa bem simples "solidão" solidão emocional e afetiva porque encontrar um par sendo assim tão diferente é bem difícil...
Mais vale a pena pensar a vida assim. Como algo que não paralisa que não aprisiona que não padece do ciúme doentio e sem fundamento. E correr todos os riscos de ver a pessoa que se ama ir embora se distanciar cada dia mais e saber que ela irá morrer a mingua que irá desnutrir-se de você...
Dramático demais para ser visto como algo que é real. Pesado demais para nós que gostamos de nossas fugas e correr com medo daquilo que nos faz bem!!! ...
É isto!!! somos humanos demais e vivemos contaminados por uma sociedade patológica onde os relacionamentos precisam ser modelados pelos que se fazem lugar comum...
As nossas observações e a nossa concepção de realidade são falhas porque tudo acontece ao mesmo tempo em um tempo que mesmo contabilizado marcado em datas os números se perdem na memória afetiva e nas nossas emoções mais profundas arquivadas em desordem de prioridades.
Não sabemos o quanto gostamos de alguém até que ele morra, não sabemos o quanto podemos valorizar alguém até que ele vá embora de alguma forma... podemos com essa estúpida experiência começar a qualificar as nossas relações, as pessoas com as quais conseguimos engrenar um relacionamento e olhar com melhores olhos quem está do nosso lado.
A idade e o tempo vão nos fortalecendo e fragilizando. Perdemos alguns melindres e esquecemos de alguma forma o orgulho besta que alimentamos enquanto estamos jovens.
Enquanto estamos jovens não pensamos em nossa finitude, não prestamos atenção no tempo e na energia que temos para construir principalmente relacionamentos bacanas. Valorizar todo momento bom e deixar de ter razão,... opiniões que não podem ser maculadas voltadas atrás diante das situações que são tidas e lidadas como se houvesse uma competição.
"Gênio forte" "personalidade forte" ... tudo bobeira!!! ... podemos ceder sem desgastarmos o que é mais importante, podemos pensar e concluir que nada vale uma briga que não construirá.
Eu na verdade sempre fui uma praticante desse modo-vida!!! Quando alguma coisa começava a ficar insuportável me retiro saio do circuito e me recolho até que as coisas melhorem. Se a pessoa me for cara então me distancio para observar o seu tamanho a sua empáfia o seu personagem cheio de razão em um respeito que se fosse atingido seria mortal.
Pra não deixar de amar a pessoa vale a gente criar um distanciamento. Escolher o melhor dos outros é sempre uma forma bacana de conviver de ter a pessoa por perto se a gente não tá afim de ir embora.
Por conta disso sempre fui interpretada de maneira errada, mas isso não me afetava ou afeta. Assim me sinto bem e assim posso continuar transitando pelo mesmo espaço que todos sem ferimentos desnecessários.
E se a pessoa não me diz mais respeito saio e não volto, ... evito sem precisar fugir ou justificar minha ausência. Por que não?
A morte é um processo de educação da nossa afetividade ela nos coloca numa posição desconfortável e cheia de enigmas. Ela faz a gente inventar lugares encontros criados para nos aliviar. Porque a porra do nunca mais é fodaaaa!!! ... precisamos conversar com quem deixamos o corpo pra trás, ... sentimos que fomos negligentes na convivência, que deixamos de dizer que amamos, que deixamos de fazer carinho, que criamos animozidades baseadas em nossa prepotência.
Então criamos zilhões de recursos e saídas para nos consolarmos. Modo feio de não encarar o fim!!! encerrar qualquer coisa com esse final é pra nós humanos apegados desencontrados qualquer coisa que nos induz a imaginar coisas para minimizar nossa dor e a nossa incompetência afetiva!!!
Só sabemos "amar" aprisionando escravisando, ... e criamos assim o inferno em chamas baseado na nossa neurótica maneira de nos relacionarmos com qualquer pessoa ou coisa.
Se for um cachorro compramos logo um coleira, se for uma gato fechamos toda e qualquer possibilidade dele passear pelo mundo, se for um namorado amante marido arrumamos certidões e códigos de posse para que ande pelas ruas proibido de olhar para os lados dentro de uma caixinha mal cuidada e sem conforto...
Triste, muito triste!!! ...
Inventamos carmas sempre pesados, ... nos descapitalizamos de prazer e de liberdade de ir e voltar quando a gente sentir vontade saudade e desejo de experimentar qualquer coisa, ... tratamos de nos des-sintonizar, nos des-alinharmos totalmente com aquela pessoa porque sabemos que pelo contrato de compra ele tem de voltar pro endereço "certo"... (uiii, socorroooo)
E aí volto sempre para o mesmo ponto aquele lugar aonde se consiga fomentar o amor como um sentimento construtivo. Nele cabem todas as coisas valiosas e valorozas. Nele cabe silêncio distância pensamentos bons. Nele podemos esbarrar na cozinha apertada sem nos ofender, ... podemos morrer todos os dias na certeza de sermos ressucitados(as) se houver um dia seguinte.
Esses conceitos todos são de aprendizado e é uma bagagem que nos fornece uma coisa bem simples "solidão" solidão emocional e afetiva porque encontrar um par sendo assim tão diferente é bem difícil...
Mais vale a pena pensar a vida assim. Como algo que não paralisa que não aprisiona que não padece do ciúme doentio e sem fundamento. E correr todos os riscos de ver a pessoa que se ama ir embora se distanciar cada dia mais e saber que ela irá morrer a mingua que irá desnutrir-se de você...
Dramático demais para ser visto como algo que é real. Pesado demais para nós que gostamos de nossas fugas e correr com medo daquilo que nos faz bem!!! ...
É isto!!! somos humanos demais e vivemos contaminados por uma sociedade patológica onde os relacionamentos precisam ser modelados pelos que se fazem lugar comum...
Fiquem bem
cuidem-se bem!!!
Livia Leão
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