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DIÁRIO DE BORDO - Sobre todas as coisas?

Considero que o grande sofrimento de nós Homens é a decepção que sofremos quando conquistamos aquilo que pensávamos que fossemos sentir a nível de "ação prolongada".
Tudo acontece muito rápido!!!
O prazer é sempre muito rápido e aí vem o desejo de mais e do de novo, de novo, de novo...
É assim no sexo...
É assim na conquista de um bem material que muitas vêzes se torna um mal material...
É assim, no interesse em construir um relacionamento com alguém...
É assim quando compramos qualquer coisa por simples consumismo e não necessidade...
As nossas carências produzem urgências perigosas que nunca são oriundas de necessidades, mas de vazio interior.
E aí, nossa casa fica lotada de "coisas" sem utilidade, que dão trabalho, que exige uma demanda exaustiva de tempo pra limpar a poeira que tudo isso acumula...
O computador, o mundo virtual vem de certa maneira minimizar o sofrimento do espaço físico dos acumuladores.
Nele tem tudo. 
Nele contém tudo.
Tem a música, a literatura, as infinitas possibilidades...
Também a proteção, o distanciamento; a mentira verdadeira do que gostaríamos de ser....
A imaginação e a criatividade.
Podemos nos identificar expondo nossa verdadeira figura, mas também podemos usar outras imagens que nos identificarão.
Podemos ser usadas e podemos usar...
Criar uma relação de dependência e andar abraçada com ele pelo mundo...
ou ficar em casa visitando o mundo inteiro.
Conhecer mentes brilhantes, adquirir conhecimento, buscar informações, mergulhar em histórias e estórias com credibilidade ou inventada para virar verdade.
A nossa capacidade de interesse regada a prazer é infinita e é dela que alimentamos nossos dias... dia-a-dia.
E o prazer saciado gera outro, que precisa de outro e de outro... para preencher...
o que parece não ser possível.
Percebo um enorme cansaço nas pessoas acumuladoras, um eterno "ocupar" com tanto para limpar e nenhuma ligação consciente com o que armazenam...
E aí, o prazer não rola...
E o tempo cronológico não dá conta com apenas vinte e qutro horas diárias...
E o medo de não estar inserido no contexto?
É angustiante e nem sequer prestamos atenção no nosso discurso lamurioso de exaustão!!!
PRAZER ALGUM ACONTECE, claro!!!
Sem nos darmos conta entramos numa ciranda perigosa que serve de armadilha para nos perdermos em meio a tanta coisa que abraçamos sem necessidade...
Administrar as nossas possessões exige um esquecer de nós mesmos enlouquecedor... ainda mais quando des-consideramos que tudo que acolhemos porque escolhemos é parte de nós... bonito, feio, fácil, difícil... e cuidar de todas as nossas escolhas... menino!!!
É pra base de uma loucura...

Fiquem bem e cuidem-se bem!!!

Livia Leão



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