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DE NOVO, DE NOVO E DE NOVO...


Não queira viver a minha dor e mensurar o que acontece dentro de mim. Acontece em um espaço que não tenho... que tenho tido de inventar pra caber... que tenho ampliado para entender.
Presença e proximidade. Medos de acordar!!!
Vontade de dormir até esgotar.
Descansar em sentimentalidades para aliviar.
Posso ver a imensidão do céu, ver os pássaros voar e cantar enfeitando meus olhos, me fazendo acreditar.
Eles existem e é só... voam porque assim nasceram para enxergar tudo de cima, ...
Os bichos não sofrem pela finitude. Eles não pensam vaidosamente sobre qualquer assunto. Apenas vivem seu tempo... desfrutam dos espaços. Cuidam da sua vivência. Captam do Homem as suas angustias e carências em adota-los. Embarcam nas suas transferências de preencher seus vazios.
E o Homem os domesticam, criam laços silenciosos com eles para não obter resposta em cognições, apenas em correspondência de sentimentos alimentados e nutridos de presença e companhia e é gritante prestar atenção que o que incomoda é a fala, a expressão da voz...
Que talvez seja este o pulo do gato.
Onde o Homem está chegando, do que o Homem está precisando.
Esse lugar onde se dá simplesmente. Onde a cobrança é de ração. E liberdade para se chegar quando dá, quando quer... quando se considera que é bom.
Tem nascido uma nova convivência e modelo social que traduz o que se busca em interações. O que se quer em convivio... latidos e miados!!!
Casas ocupadas por companhias animais em justificativas crueis de trocar o ser humano. De assistir melhor em atenção aos seus bichos em estimação... não só de estimação.
É bom, claro que sim. Se faz bem é bom!!!
Mas há uma inversão e subversão que incomoda, que preocupa a medida que dentro das casas o entendimento entre os seres humanos se esvai... se perde em silêncios ignorantes.
... em argumentos toscos de que os bichos são melhores que os humanos...
Em construção de uma solidão acompanhada sem alimentação cerebral cognitiva.
A afetividade está sendo modificada em doações e concessões patológicas e sanidades substituidas. 
Daqui de onde estou penso que a morte é conveniente demais. Que ela vem para que tudo se renove e a VIDA em si se transforme. Porque chega um momento em que não mais entendemos a "evolução", para onde caminha o Homem, para onde o ser humano conduz seu tempo e seu existência.
Os valores se modificam em rotinas gritantes de pressão e depressão causadas pela ausência do AMOR. 
Onde o filho(a), a criança, precisa exercitar sua afetividade com um animal porque os pais trabalham muito, porque as mães estão na rua. Porque os pais são substituidos por máquinas e bichos.
Por espaços pequenos, sem árvores e natureza. Onde o mundo e a vida acontece virtualmente. 
Jogos e mais jogos... onde a nossa presença é ignorada vergonhosamente. Significando que você, eu, qualquer pessoa nada tem a acrescentar...
Os cérebros escapam para mundos diferentes, longe muito longe bem dentro de cada um habita um humanóide... 
E quando nos encontramos na presença física de alguém não sabemos o que fazer... pessoas andrógenas, ... geração que nasce em corpo trocado por descuido da espiritualidade (???) ... realidade complicada!!!
Experimentos científicos de nascer sem uma relação entre os casais... necessidade de maternidade e paternidade sem cumprir o fisiológico, sem a biologia natural...  
Os machos e as fêmeas se ostilizando e se desconhecendo em companhia... separados pela diferença não apenas do sexo, mas de intolerância e repulsa. De não saberem-se humanos, de não se comportarem como pessoas que precisam trocar, investigar, se aprofundar no convivio e no aprendizado de ser o que quiser ser...
Essa troca de geração, essa nova civilização que vem com o seu chip de operadoras que cobram em dinheiro para se ter... essa negação do cérebro em uma memória que está nas mãos e não alojada na caixa craniana me assusta. Denotando que é dado o meu tempo regulamentar... não sei passear, não sei brincar disso!!! ... 
Uso a tecnologia, reconheço nela o mais rico recurso de aproximação de quem está longe geograficamente. Mas sofro com essa nova estética do mundo... Esse perfil social é cinistro, ... Esse isolamente e comportamento de ignorar quem está do lado. E aí, me isolo, me recolho!!! E aproveito da minha mente, do meu cérebro, da minha criatividade, do meu silêncio e de todos os ruidos que acontecem comigo, em mim... Talvez tudo isso tenha começado assim, disso...
Tomo café da manhã sozinha e sem celular do lado... não me submeto a volume de pessoas... de latidos e miados de cachorros e gatos!!! De barulho eletrônico, de ruidos que rompem o silêncio violentando meus timpanos. 
Quando estava criança me sentia inadequada, agora que estou "sex"-agenária continuo inadequada!!! ???
Tá puxado eu sei... é ironico eu sei!!! ... Lamento informar mas acho que quero desencarnar e fim... 


Fiquem bem
cuidem-se bem!!! ...

Olho no lance!!!

Livia Leão

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