Pular para o conteúdo principal

DIÁRIO DE BORDO - Simples assim... do berço ao caixão!!!



Para mim existem dois riquíssimos meio de transporte...
a televisão e o cinema.
Não preciso sair do lugar e visito todos os cantos do mundo;
todas as mentes, experiências, traumas, viagens; realidades; verdades e mentiras - paraísos e infernos que se concretizam em cenários reais locados para tal.
Verbas aparecem... dinheiros se fabricam em investimentos que são maya (ilusões), que se materializam em nascimentos e mortes; criando, inventando, imaginando, construindo verdades, perpetuando mentiras.
A necessidade de todas as mentes existentes em cérebros pensantes faz a Vida.
Todos os quereres e poderes movidos a interesses fazem o mundo e tudo que nos coloca nele.
O caos ordenado e a ordem caótica do Homem natureza e da natureza do Homem e no Homem é a fábrica de realidade mais feita de sonhos, desejos, traduzidos em catarzes para resolver questões pessoais... nossas, claro!
Humanamente nossas!!!
A Vida não tem sentido como pensamos sentir. 
Ela é e acontece em estados de consciência e nós personagens - ora assim - ora assados - nos consideramos presentes em cenas e cenários que queremos experimentar ou nos colocar.
Odiamos e amamos.
Elegemos pessoas para amar,
elegemos pessoas para odeiar.
Conceituamos o tempo todo numa necessidade angustiante de estar em cena ou na cena que nos interessa.
- aqui faço parte!
- Isso me interessa!
- Esse assunto me diz respeito...
Protagonizar uma cena... vaidade nossa de cada dia!
Nos projetamos e projetamos nos outros...
Nos fazemos canastrões em cenas que poderiam ser de grande empenho, porque nos lançamos em estórias e roteiros que não fazemos parte.
- Queremos aparecer!
- Damos sentido e perdemos sentido, ficando em salas de projeções ou na sala... projetando.
O nosso olhar cria o mundo.
Como nos movemos no mundo faz dele algo interessante e interessável.
Ficar diante da televisão com lápis e papel espectadoramente atento - descrevendo, vendo pessoas informando, escrevendo cenas nos mais diversos cenários é a fábrica da Vida - que se confunde e se mistura e o contrário também pode ser.
Somos audiência e damos audiência.
Pensamos que o tempo passa e no entanto ele se repete sem cansaço, exaurindo nossa compreeensão.
A Vida tem sim o recurso "gravando", do ensaio, do "de novo, de novo, de novo".
Para quem sabe a cena ficar  perfeita em algum momento.
A profissão de ator, a arte de interpretar ganhou corpo e espaço no interesse geral por ser real.
Por ser registro,  por guardar em arquivos possíveis e acessado por qualquer um a qualquer momento.
Memorável!!!
Somos amantes da eternização dos momentos.
Podemos ser diferentes, inovados, inovadores e renovados a cada instante e escolhemos ser os mesmos sempre.
E ao mesmo tempo e o tempo todo nos inflamamos em proclamações inúteis de mudanças e transformações.
Precisamos viver as mais antagônicas experiências para depois termos as sensações boas do alívio da dor, do prazer à liberdade;
Ser qualquer um é muito mais fácil que sermos nós mesmos.
Discurso repetitivo e repetido... presença des-necessária em cenários sobre-carregado de figuração e figurantes.
O importante é aparecer!
Fazer volume.
O Homem gosta de números!!!
Morremos de medo de dormir e quando acordamos... quem disse?
Queremos o sono, o sonho, o irreal!!!
O imaginário...
Nossa usina - o cérebro - funciona sem parar dando conta de tudo que há... e tudo isto.


Quando assisti o filme documentário "Quem somos nós", ganhei alma nova.
Sim, porque me sentia maluquinha com tantos pensamentos e olhares que se modificavam enquanto me movimentava.
Desde criança que sempre considerei minha imaginação minha maior aliada riqueza.
Refúgio maravilhoso do circo de horrores dos adultos sem noção... "cheios de razão" (!?).
A  física quântica é o universo em todos os cantos e encantos.
Descoberta e alcance merecido do Homem deus.
Sem angustia, livre para criar... fazer cinema, teatro, construir prédio, movimentar o tempo; verticalizar!
Eregir!
Permanentemente impermanente...
Acho neste momento que descobri observando meu sobrinho lindo que saber viver é saber brincar.
Nós dois brincamos muito...
Rimos muito
Nos divertimos muito juntos...
Brincar é o grande barato da Vida e de toda a VIDA.
Viver o meu instante melhor, o que sei fazer melhor, brincando...
ludicamente falando é o Nirvana!!!
De vez em quando errando na escolha do elenco... aH!
Mas logo conseguindo mudar de brincadeira e trocando as personas e as estórias.
Sei que sou usada também no circo dos outros e como nunca gostei de circo, sempre recuso qualquer papel - Trapezismo!?
- Palhacismo!?
- Malabarismo!?
-Roda-gigantismo!?
Tô fora... não gosto.
O que me atrai é o existêncialismo... o que me alimenta é a cognição.
O que me interessa é o místico.
Embarco em viagens afetivas, em brincadeiras de SER feliz e de felicidade.
Gosto das transformações de que o Homem é capaz.
De todas as leituras que faz dos textos maus escritos que lhe apresentam na infância e que ao crescer transforma em ficção verdadeira, como material para apreendizado.
Propagando, divulgando, alertando... acordando.
Um olhar
uma luz...

"Assim é se lhe parece"... Pirandelo



Quando nascemos nos colocam em um berço (não foi o meu caso! ah!) e logo tratamos de levantar... quando morremos, nos colocam em um caixão... momento de reflexão!
Logo tratamos de levantar e tudo começar a transportar de um tempo para outro... de uma existência a outra, sem nunca parar...
de pensar
de imaginar
de criar
de brincar!!!

Fiquem bem e
cuidem-se bem...

Livia Leão



Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

BETH RUSSO, ... HO'OPONOPONO

E eu que não por acaso acredito que o acaso é algo que os distraídos inventaram para se esconder em desejos e quereres manifestados. Através do meu irmão que não está mais em seu corpo físico conheci o Ho'oponopono mas nunca havia parado para me presentear com ele... Bem ele foi embora e aí comecei a visitar pessoas praticantes e que grata surpresa tive, encontrei muitas pessoas lindas que recitam que se conectam que usam essa ferramenta poderosa de nós mesmos. Um alcance maravilhoso de alguém que acreditou em sua pseudo loucura e trouxe pra nós uma ferramenta muito útil de libertação. Uma força manifesta um poder que atravessa todos os tempos e limpa e limpa mesmo nossos ranços em tempos que coexistem.  É muito bom e poderoso!!! ... Porque ainda que a gente não creia ele faz a faxina nos cantos mais escondidinhos do nosso poderoso cérebro que abriga memória lembrança de todos os tempos dos tempos em que estivemos aqui... que é sempre!!! Esse espaço que não é físico fica no

DIÁRIO DE BORDO - Coisinhas engraçadas!!!

Tenho um amigo muito querido que ficamos muito tempo sem conversar e muito mais tempo sem nos ver... o que é lamentável porque nossas conversas são recheadas de coisas engraçadas e confissões maravilhosas!!!  Um belo dia me contou que não tem tido paciência para encontros "amorosos" e se relacionar enfim, porque detesta o início por conta do  "PREENCHIMENTO DA FICHA"... ou seja onde as duas pessoas dizem!!! Eu sou assim, eu sou assada, gosto disso ou daquilo... resumindo, a tentativa em vão de mostrar para o outro como cada um funciona em determinadas situações. Mas parece que existe uma lixeira do lado da mesa em que se preenche essa ficha e que tudo que se diz é escrito a lápis com lapiseira 0,5 e jogado fora exatamente alí. São informações inúteis e um momento totalmente "interesseiro", ambos querem mesmo é saber se vai rolar sexo e se vai ser bom. Ahahahahahahahahah!!! Coisas que poderiam com certeza ser simplificado para ambos... usar de sincer

DIÁRIO DE BORDO - Heroi bandido!!!

O que fiz com meu pai biológico que lógico era quem eu queria, longe de ser o que eu queria... possivelmente o que precisava para crescer e sobreviver. Pobre arquétipo, disperdiçador de oportunidades!!! Um inimigo íntimo e desconhecido. Sim, porque não sei nada sobre ele e de todas as suas faces eu não conheço uma que agrade e que satisfaça uma pobre filha orfã. Dramaticamente falando, claro! Uma herança maldita que me custa uma existência recheada de leituras equivocadas de mim mesma e do universo masculino. Fiz um dramalhão dos homens, me coloquei equivocadamente na frente deles, cheia de defesas e des-culpas. Sem receber    amor; vivendo na reserva, me atirei sem   cuidados nos relacionamentos e cheia de má vontade. A vida me trouxe por merecimento  bons parceiros e eu por repetição disperticei.  Não em tempo cronológico, mas em qualidade de relacionamento, em reconhecimento, bem como em me sentir à vontade. Sempre o medo do abandono. Tudo isso regado a reflexões justificadas