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DIÁRIO DE BORDO - O medo que impede a liberdade... que impossibilita!!!

Falar de medo e liberdade é sempre um lindo desafio, porque mudam os padrões, mudam os medos e a concepção de liberdade se transforma por conta de escolhas, de reflexões, de sentimentos enfim, que vão assumindo momentaneamente posições em nosso dia-a-dia. 
Quando penso em liberdade não penso que posso desistir de qualquer coisa simplesmente porque não quero me ocupar, usar o meu tempo com aquilo, por aquilo que se faz necessário e importante no momento... penso na sustentabilidade.
Ainda que acredite que todas as mudanças que acontecem a despeito do nosso querer... sejam sempre para bem e se vamos abraçá-las ou não por coragem ou por covardia, considero o pensar a longo prazo, o vislumbre do que seremos se escolhermos o que quer que seja para fazer parte da nossa vida, da maior importância.
O convite pode ser aceito e durante alguns poucos minutos ou algumas poucas horas serem legais e depois, é o nada mau-cheiroso!!! Defícil de nos livrarmos... principalmente se não houve uma troca justa, se não se ganhou qualquer coisa que seja em aspectos que diversificam.
"O MEDO, QUE DÁ MEDO DO MEDO QUE DÁ..." Lenine
Caramba!!! Nos acomete, nos ocupa de tal maneira que vamos depauperando a energia dos nossos rins...  exaurindo a energia do nosso  baço e estômago... e vamos deixando de experimentar maravilhosas situações... isso é uma coisa...
Outra coisa  é nos colocarmos mesmo, pensadamente, refletidamente em um mundo minimalista, simples, enxuto de objetos e acontecimentos, porque escolhemos viver desta maneira.
Pensar no que qualquer coisa pode nos causar daqui a um tempo; se vamos sentir falta, se vai realmente nos satisfazer, nos beneficiar é um exercício maravilhoso de descanso, de leveza, de vida com pouco para nos ocupar, principalmente nos pré-ocupar.
Vivi uma experiência que me serviu por demais da conta. Morei em um apartamento durante onze meses onde só tinha uma rede e uma televisão... armário para guardar as poucas roupas que possuia... depois desta experiência concluí que do mundo das mesas e cadeiras e dos objetos que poluem visualmente, quase nada me interessa no sentido de ter.
Aprecio o mundo, a criatividade ilimitada do Homem, o que não quer dizer que quero ter tudo que é fabricado... e estou de maneira peculiar ocupada com volumes. 
Tenho usado a prática da circulação de tudo... livros que já li, roupas que não uso... objetos enfim que não têm verdadeira utilidade na minha vida vão servir a quem precisa ou simplesmente quer.
E de agora em diante, estarei empenhada em desconstruir, em esvaziar minha mochila... ou seja... assuntos, acontecimentos, problemas, compromissos, tudo enfim, que comece a pesar em minhas costas, a tensionar meu trapésio, a fazer volume... me desfarei, sem pensar ou achar que estou perdendo!!!
Esse processo já está em andamento a algum tempo. E é maravilhoso!!!
Dá uma tremenda sensação de estar sempre pronta para o novo, para recomeçar, para ser o que eu quiser... e ir para onde quiser, sem ter de me ocupar com tudo que preciso cuidar, encaixotar, pensar onde vou guardar ou para quem irei vender (e aliás sou péssima vendedora);  zelar, carregar... todos esses caminhos enfim que precisam ser feitos nesta situação.
É muita coisa que inventamos... arquivos obsoletos, conversas ultra-passadas, pessoas mortas e renovadas em relacionamentos que se perderam. Apegos, posses, quase nunca sentimentos genuinos porque não há o outro lado... é apenas a memória sendo alimentada para justificar qualquer coisa que queira especular.
Cansativo por demais!!!
Claro que precisamos falar das coisas que precisamos entender para poder seguir em frente... isso é terapêutico. Mas não quero dar comidinha para qualquer sentimento ou mesmo conclusão que chegue... porque normalmente o outro está em um movimento que não me inclue... e aí?
É um movimento e momento solitário esse... de pensar e de recordar. De lembrar e de fantasiar em acontecimentos  passados. Sejam coisas que aconteceram  ainda pouco, ontem ou a cinquenta anos atrás!!!
Tenho mesmo, ocupado meu tempo pensando sobre a importância da importância que damos a tudo que passou e que passa. 
Se posso lançar mão hoje, levo em consideração, se não... que importância isso pode ter?
Se a pessoa está viva, verticalisada, maravilha!!! Vou lá e digo o que penso e sinto, procuro uma troca qualquer que seja... isso também se perceber que há chance de um entendimento... se não... cada qual no seu quadrado é bom demais!!!
Até porque "seu ninga" está parando sua vida para esperar que eu entenda, processe, analise qualquer coisa e depois retome de onde paramos... isso é uma paranóia delirante de quem tem uma natureza ruminadora.
Que não nego, mas que estou praticando diferente... preciso falar? Ainda preciso falar de algumas coisas... mas tudo está leve, possível, em um campo de fácil acesso e com um botão de "delete" aqui, mole de apertar!!!
Gente é bom demais... só quem tem essa bendita memória, esse arquivo maldito abarrotado de inutilidade sabe o que é o momento de desconstrução, a necessidade de esvaziamento. UFA!!!
Tenho escrito sobre esse assunto incansavelmente... tenho me reconhecido melhor, linda, leve e solta, porque quem for podre que se segure. 
Um ex-namorado disse que eu sou trator... e eu não entendi na época... hoje eu percebo que posso ser um trator sim, mas não quero mais sê-lo.
Faz parte da minha desconstrução deixar de ser um trator... quero ser uma pessoa adaptável, uma criatura que transita pelo mundo sem carregá-lo nas costas e principalmente que não detém nada, que não retém nada, que não armasena nada, principalmente o que não vai servir  para as minhas aspirações presentes e futuras.
Anistiar as pessoas, liberá-las em um campo quântico de infinitas possibilidades para também usufruir dele é a minha pretenção.
Nada de reféns para administrar, tá todo mundo liberado... tudo está disponibilisado para ser usado por quem quiser e precisar.
Adoro o meu tempo livre, adoro minha liberdade conquistada e entendida... as minhas preciosas viagens para dentro de mim mesma!!!
Amar as pessoas sim, possui-las e sequestrá-las para me sentir dominando... nem pensar.
Cuidar quando for preciso, quando for requisitada, mas chamais usar de qualquer recurso que me sobre-carregue, que me tire o sono e a paz interior.
O meu silêncio é o meu maior amigo e objetivo de vida, quero escutar todos os meus ruidos e recuperar todo o tempo que perdi não me amando e não cuidando da mim, respeitando a minha natureza linda, simples, fácil, harmoniosa e equilibrada numa "luta" insana para conquistar "os outros"... ilusão boba!!!
O que é nosso vem para nós com leveza e facilidade, não precisa ser batalhado, não precisa que fiquemos agarradas com medo de que fuja, de que encontre outra pessoa (até porque vai encontrar, não tem jeito!!!), de que deixe de estar aqui porque deixei de retê-lo...
Se continuar despertando no outro a sensação de que não faço questão, não tem problema, significa que o outro não entendeu e não me alcançou, então não vale a pena!!!
Por enquanto estou viva, amanhã... não sei!!! e neste momento é assim que preciso viver a minha vida.




Curar em mim todas as coisas que possibilitam dores articulares. 
Curar em mim todas as inseguranças afetivas.
Construir uma vida emocional tranquila comigo mesma e fazer o bem olhando a quem. 
Livia Leão




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